O primeiro-ministro António Costa destacou hoje o facto de o saldo migratório em Portugal ter sido positivo em 2017, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Costa sublinhou que é a “primeira vez” que isso acontece desde o início da crise económica e considerou que se trata de um “sinal de confiança”, na medida em que “ninguém vem trabalhar para um país em que não tenha a expectativa de poder encontrar emprego e poder desenvolver a sua carreira”.
Os dados do INE estão plasmados no relatório “Estatísticas Demográficas – 2017”, segundo o qual “em 2017 e após seis anos de crescimento migratório negativo, o número de imigrantes permanentes (36.639) ultrapassou o de emigrantes permanentes (31.753), resultando num saldo migratório positivo de 4.886 pessoas (-8.348 em 2016)”.
Costa: ‘Ninguém vem trabalhar para um país em que não tenha a expectativa de poder encontrar emprego e poder desenvolver a sua carreira.’
Na tabela de variação populacional do relatório, confirma-se que o saldo migratório foi sempre negativo entre 2012 (-37.352 pessoas) e 2016 (-8.348), até à inversão para saldo positivo em 2017. E consultando os dados compilados na Pordata, verifica-se que em 2010 e 2011 também foi negativo. O último saldo migratório positivo registara-se em 2009.
Ao evocar o “início da crise”, Costa estaria a referir-se ao pedido de resgate financeiro do Estado português em 2011. Pelo que ao fazer esta declaração, está a ser…