A bandeira dos bons resultados no campo do emprego tem sido uma das mais utilizadas por António Costa, sobretudo no último ano, em que os dados do desemprego atingiram valores mínimos históricos. De facto, é preciso recuar até 2004 para encontrar uma taxa mais baixa do que os 6,7% verificados no segundo trimestre de 2018, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Ainda de acordo com o INE, “a atual trajetória descendente começou há dois anos (…) a população desempregada, estimada em 351,8 mil pessoas, diminuiu 14,2% em relação ao trimestre anterior (58,3 mil pessoas), prosseguindo as diminuições trimestrais observadas desde o 2.º trimestre de 2016″.
O número de novos empregos criados terá sido nuclear para atingir estes patamares. Ainda segundo o INE, desde o final de 2015, quando o PS formou Governo, a população empregada passou dos 4.548 milhões para os 4.874 milhões, o que corresponde a um acréscimo de 326 mil pessoas empregadas – ou seja, o número esgrimido por António Costa, que garantiu aos jornalistas Sérgio Figueiredo e Judite Sousa que foram criados 321 mil empregos, pecará por defeito.
Costa afirmou ainda que a esmagadora maioria dos novos postos de trabalho são contratos sem termo – e também aqui os dados oficiais lhe dão razão: 76% dos contratos são efetivamente sem termo.
Por tudo isto, a afirmação de António Costa é…