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Coronavírus: Colocar a máscara no queixo pode gerar contaminação?

Coronavírus
Este artigo tem mais de um ano
O que está em causa?
Está a circular no Facebook uma imagem que supostamente demonstra a perigosidade de se colocar a máscara no queixo, na medida em que "o interior da máscara ficará contaminado" e o nariz e a boca "ficarão infetados com vírus, bactérias ou germes". Verdade ou falsidade?

Não coloque a máscara no queixo”, alerta-se no topo da publicação sob análise. A imagem apresenta três momentos de utilização da máscara por um mesmo indivíduo: no primeiro tem a máscara colocada de forma correta, tapando o nariz, a boca e o queixo, mas deixando a garganta como “área exposta”; no segundo tem a máscara no queixo, contaminando o seu interior; e no terceiro volta a colocar a máscara de forma correta, infetando o nariz e a boca.

“Quando precisar de comer, beber ou fazer algo que necessite tirar a máscara, remova-a completamente”, recomenda-se na mensagem final.

Máscara no queixo

Verdade ou falsidade?

Questionado pelo Polígrafo sobre esta publicação, Celso Cunha, virologista e professor no Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa, considera que “a informação é correta”.

“A parte interior da máscara não deve estar em contacto com superfícies expostas a eventuais contaminações,  nomeadamente o pescoço (como no desenho), as mãos, etc.”, explica o virologista.

Por outro lado, Celso Cunha adverte também que , “por precaução”, a máscara “não deve ser colocada em cima de mesas ou cadeiras”, entre outros exemplos de superfícies expostas.

Não por acaso, a Direção-Geral da Saúde (DGS) publicou um vídeo demonstrativo de “cinco erros no uso das máscaras”, entre os quais, precisamente, a sua colocação debaixo ou ao nível do queixo.

Confirma-se assim a veracidade da informação difundida no post de Facebook em causa, apesar das denúncias em sentido oposto.

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Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking (verificação de factos) com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.

Na escala de avaliação do Facebookeste conteúdo é:

Verdadeiro: as principais alegações do conteúdo são factualmente precisas; geralmente, esta opção corresponde às classificações “Verdadeiro” ou “Maioritariamente Verdadeiro” nos sites de verificadores de factos.

Na escala de avaliação do Polígrafoeste conteúdo é:

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