É uma sequência de mensagens – na rede social Threads – em que uma empreendedora realça os passos que deu nos últimos anos até fundar a sua empresa em 2022, tendo registado “um crescimento de cerca de 60%” desde então.
Para sublinhar a dificuldade do feito, sublinha depois que “33% das empresas não sobrevivem sequer ao primeiro ano”. E, na sua perspetiva, “não é preciso ser um grande estudioso para entender o porquê”.
“Só podemos ser loucos para empreender em Portugal, com a carga fiscal absurda a que somos sujeitos”, conclui.
Confirma-se que “33% das empresas não sobrevivem sequer ao primeiro ano” em Portugal?
De acordo com os últimos dados apurados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), referentes a 2022, nesse ano foram criadas 232.173 novas empresas em Portugal, contribuindo para um total de 1.453.728 empresas em atividade.
A criação de novas empresas registou um crescimento de 21,2% face a 2021, ultrapassando o nível pré-pandemia de Covid-19 (iniciada em fevereiro de 2020).
Por outro lado, o INE estimou que foram extintas 150.661 empresas em 2022, perfazendo um crescimento de 5,2% face a 2021.
“A proporção de empresas sobreviventes um ano após o nascimento fixou-se em 75,5% (-0,2 p.p. face a 2021) e as sobreviventes três anos após o nascimento corresponderam a 48,5% (-0,6 p.p. em relação ao ano anterior)”, destacou o INE.
Ou seja, em 2022, cerca de 24,5% das empresas não sobreviveram ao primeiro ano de atividade em Portugal.
A percentagem indicada no post do Threads não corresponde aos últimos dados do INE, pelo que aplicamos o selo de “Impreciso”.
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Avaliação do Polígrafo: