Num momento que os muçulmanos marcaram a entrada no período de Ramadão, começaram a circular imagens de cartazes alegadamente colocados pelo Governo britânico para encorajar as pessoas a converterem-se ao islamismo.
“Urgente: As autoridades britânicas estão a persuadir os cidadãos a escolher a religião correta e a acreditar em Alá. Estão a ser colocados cartazes por todo o país”, lê-se numa publicação partilhada no X com mais de 150 mil visualizações.
“Confia em Alá, dá o teu “Zakat”, destaca-se nos outdoors com imagens de duas mulheres muçulmanas abraçadas.
A alegação é verdadeira?
Não. Segundo apurou o jornal “Maldita.es“, os cartazes são da “Islamic Relief” – uma Organização Não-Governamental (ONG), como se pode constatar pelo logótipo – e foram colocados nas ruas para pedir o “Zakat” (esmolas) à população muçulmana. Não existe também qualquer referência ao Governo britânico no logótipo.
De acordo com a organização, o “Zakat”, terceiro dos cinco pilares do Islão, consiste num donativo de caridade obrigatório para todos os muçulmanos cujo património atinge ou ultrapassa o limiar mínimo de pagamento (Nisab) no decurso de um ano lunar” e corresponde a 2,5% do património total.
A “Islamic Relief” atribui os fundos do “Zakat” às pessoas mais vulneráveis e necessitadas. No caso em concreto, o dinheiro angariado destina-se para a população em Gaza.
“Compreendemos que, quando dá, está a confiar em Alá e a depositar a sua fé em nós para cumprirmos um dever sagrado em seu nome. Conhecemos o peso das nossas responsabilidades para com aqueles que servimos, para convosco e, em última análise, para com Alá”, lê-se numa publicação desta ONG a respeito do “Zakat” no X.
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