“A compra de casas caiu em 2023 para um total de 136.499, sendo este o valor mais baixo desde 2017”, lê-se numa publicação partilhada recentemente na rede social Facebook, dando conta daquela que seria a mais recente tendência do mercado imobiliário nacional no que a transações diz respeito.
A acompanhar a alegação, surge um gráfico que exibe, alegadamente, o “número de transações de alojamentos” registados nos anos compreendidos entre 2017 e 2023 – englobando nesta contabilização as habitações “existentes” bem como as “novas”.
Confirma-se que a compra de casas atingiu, no ano passado, “o valor mais baixo desde 2017”?
Sim. O gráfico partilhado na publicação do Facebook acima citado foi retirado de um boletim divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) em 18 de julho deste ano, intitulado “Estatísticas da Construção e Habitação – 2023”.
Este documento informa, de facto, que no ano passado “foram transacionados 136.499 alojamentos, traduzindo-se numa redução de 18,7% relativamente a 2022 e correspondendo ao registo mais baixo desde 2017”.
O instituto elabora ainda que as “habitações existentes continuaram a representar a maioria das vendas, 108.380, face às 28.119 transações de habitações novas”. Além disso, destaca-se que a “redução do número de transações observou-se em ambas as categorias de habitação, tendo sido mais intensa no caso das existentes (-21,4%) face às novas (-6,1%)”.
Ou seja, tudo informações que sustentam a alegação que se encontra a circular na rede social Facebook.
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