Inês Varajão Borges, nora do dono da gasolineira que pagou cerca de 200 mil euros por um processo de reestruturação à Spinumviva, começou a trabalhar para a empresa familiar de Luís Montenegro poucos meses depois de esta ter iniciado a sua atividade e, tal como outros membros da família, chegou a fazer uma doação ao PSD. Em 2021, ano de eleições autárquicas e marcação de eleições legislativas antecipadas, fez um donativo de 1.000 euros ao partido, segundo noticiou o jornal “Expresso“.
Está a circular nas redes sociais a informação de que este valor é o equivalente a um salário na empresa familiar de Montenegro. “Coitada, isto é um mês de salário na Spinumviva“, destaca-se numa das publicações.
Confirma-se?
O valor da doação está dentro do intervalo dado por Inês Varajão Borges para a sua remuneração mensal na Spinunviva. No entanto, o salário auferido nesta empresa é variável.
Em entrevista ao “Observador”, Inês Varajão Borges explicou que a consultoria que presta ao nível de proteção de dados, através da Spinumviva, varia entre os 1.000 e os 1.500 euros e está ajustada aos valores de mercado.
“Já passei faturas à Spinumviva de 1.000 euros, de 1.500 euros. É variável. Depende da complexidade do trabalho. Está dentro do padrão do que é habitual [no mercado]”, explicou.
Além dos serviços prestados à Spinunviva, Inês Varajão Borges trabalha ainda diretamente com outras quatro empresas.
De acordo com o “Expresso”, a família Joaquim Barros Rodrigues – dona da gasolineira que recorreu aos serviços da empresa da família de Montenegro – está entre as principais doadoras do PSD. De 2018 a 2023, seis membros da mesma família doaram 30.500 euros ao partido liderado por Montenegro desde 2022.
O Polígrafo tentou entrar em contacto com Inês Varajão Borges, mas sem sucesso.
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Avaliação do Polígrafo: