Na sequência de um episódio de “refluxo gastroesofágico com pico hipertensivo associado”, André Ventura sentiu-se mal durante um comício em Tavira e foi transportado para o Hospital de Faro. Entretanto, nas redes sociais, estão a ser recordadas posições do Chega aquando da hospitalização do Luís Montenegro com o objetivo de assinalar uma suposta incoerência do partido.
No fim de março, o Primeiro-Ministro foi internado no Hospital de Santa Maria devido a um episódio de arritmia cardíaca. De acordo com o “Correio da Manhã“, foi encaminhado para um “circuito interno” destinado a altas figuras do Estado, não se tendo cruzado com os restantes pacientes que aguardavam para serem atendidos por um médico.
Face a esta situação, o Chega partilhou uma publicação nas redes sociais a condenar o sucedido: “Eis a triste realidade de um país onde os privilegiados são sempre beneficiados. Se Montenegro tivesse de esperar horas a fio nas urgências, como a esmagadora maioria dos portugueses, talvez a situação fosse diferente!”
O sentido da crítica é que o Chega condenou o “tratamento VIP” concedido a Montenegro, mas agora Ventura acabou também por beneficiar do mesmo. Tem fundamento?
Sim. O presidente do Chega passou a última noite no Hospital de Faro, num quarto individual da unidade de cuidados intensivos para ter privacidade, devido à aplicação de um “protocolo VIP“.
O presidente do Conselho de Administração do Hospital de Faro, Tiago Botelho, referiu ao Polígrafo que Ventura recebeu do ponto de vista assistencial o mesmo tratamento que qualquer cidadão anónimo com o mesmo quadro receberia , mas que por se tratar de uma figura bastante conhecida do público foi necessário resguardar o atendimento para possibilitar os trabalhos dos profissionais de saúde.
De acordo com a mesma fonte, a presença do líder do Chega, aliada a um serviço de urgência muito pressionado, provocou alguma agitação no Hospital de Faro, o que motivou a decisão.
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Avaliação do Polígrafo: