A proposta do Governo sobre a Lei do Tabaco esteve, esta quinta-feira, em destaque na Assembleia da República. Apesar das muitas críticas que foram ecoadas pelos membros dos diferentes grupos parlamentares, os malefícios associados a essa dependência não foram esquecidos pelos deputados.
Da parte do PSD, Rui Cristina destacou: “Catorze mil mortes por ano estão associadas ao consumo do tabaco, cerca de 12% da mortalidade do país. Não é um número que podemos ignorar.”
Confirmam-se os dados avançados pelo social-democrata?
De facto, os mais recentes números avançados pelo “Institute for Health Metrics and Evaluation” (IHME) sobre esta matéria, referentes a 2019 e aqui citados no “Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo Portugal 2020” da Direção-Geral da Saúde (DGS), apontam nesse sentido.
“Em Portugal, estima-se que 11,7% dos óbitos ocorridos em 2019 tenham sido devidos ao tabaco, 18,6% no sexo masculino e 4,7% no sexo feminino, o que se traduziu por uma perda de 13.559 pessoas, 10.815 homens e 2.744 mulheres”, aponta a autoridade de saúde portuguesa.
Além disso, as mesmas estimativas mostram que “em 2019 morreram em Portugal mais de 13.500 pessoas por doenças atribuíveis ao tabaco, das quais 10.814 homens (18,6% do total de óbitos) e 2.745 mulheres (4,7% do total de óbitos)”.
Confirma-se, portanto, que “cerca de 12% da mortalidade do país” está associada ao consumo de tabaco – o equivalente a “14 mil mortes por ano”. Notar, porém, que estes dados, apesar de serem os mais recentes, reportam a 2019.
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