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Centro Cultural de Belém impôs este código de linguagem neutra aos funcionários?

Sociedade
O que está em causa?
Uma imagem do que parece ser um "guia de linguagem neutra" que o CCB enviou por email aos funcionários e que constitui, alegadamente, a "linguagem oficial" da fundação foi enviada ao Polígrafo para verificação. Será assim?

Em mensagem enviada ao Polígrafo, um leitor partilhou um documento que diz ser um “guia de linguagem neutra” que o Centro Cultural de Belém (CCB) fez, alegadamente, circular internamente e que terá sido declarado como linguagem oficial da fundação.

No documento em causa, são apresentadas as versões da “linguagem neutra” para pronomes pessoais, possessivos e demonstrativos, assim como exemplos de alternativas neutras para algumas palavras. Neste “guia” é ainda feito o apelo para que se normalize “perguntar pronomes” e “o uso da linguagem neutra”.

Mas será que a iniciativa partiu da fundação e que a “linguagem neutra” foi, de facto, implementada no CCB?

Questionado pelo Polígrafo, o gabinete de Comunicação e Marketing do CCB confirmou a difusão interna do documento. No entanto, atestou que o envio deste documento consistiu numa “partilha espontânea e por livre iniciativa de um colaborador, por considerar que poderia ser informação útil à Fundação.”.

Segundo o CCB, esta partilha “não vincula a Fundação a qualquer norma ou alteração na linguagem”, não sendo, então, verdade “que exista esta regra ou qualquer intenção de implementação por parte da Fundação.”

Posto isto, a alegação de que o CCB difundiu o documento e de que implementou a “linguagem neutra” como linguagem oficial é falsa.

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Avaliação do Polígrafo:

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