- O que está em causa?Originalmente publicada no "Facebook", foi no "X" (antigo "Twitter") que uma publicação sobre a polémica de Luis Rubiales, o Presidente da Real Federação Espanhola de Futebol que beijou uma jogadora durante os festejos do Mundial de Futebol Feminino, se tornou absolutamente viral. Segundo a autora do "post", casos como este são comuns: exemplo disso foi o beijo de um "guarda-redes da seleção espanhola" a uma "jornalista".

"A histeria em torno do episódio ocorrido na final do Campeonato do Mundo de futebol feminino vem provar que o futebol não é um desporto para ser praticado por mulheres, mas para ser disputado por homens". A polémica frase faz parte de um texto ainda mais controverso, da autoria de uma mulher, partilhado no Facebook na última semana. Em causa um episódio que o Ministério Público de Espanha já investiga como possível agressão sexual e que levou à suspensão de Luis Rubiales, depois de o Presidente da Federação Espanhola de Futebol ter beijado Jenni Hermoso, uma das jogadores da seleção espanhola que venceu o Mundial.
"Há uns anos, numa final do Campeonato do Mundo, o guarda-redes da seleção espanhola de um beijo a uma jornalista. O resultado foi um casamento. Agora, o resultado é uma novela mexicana, vitimizadora da jogadora que, em primeira mão, desvalorizou o sucedido. Podemos voltar ao tempo em que as mulheres se limitavam a ser adeptas e não se comportavam como homens para depois ficarem incomodadas como se fossem donzelas?", conclui o "post", que migrou de imediato para o "X" (antigo "Twitter"), onde foi quase unanimemente reprovado.

"Esta pessoa compara a relação entre Casillas e Carbonero (já namorados antes do beijo) com um treinador beijar do nada na boca a uma jogadora?", questiona uma utilizadora da rede social. "Digo mais: as mulheres servem para cuidar da casa, do marido, com quem devem casar virgens, e dos filhos. Devem ser delicadas, falar baixo e não ter opiniões divergentes, nem abordar temas complexos, nem aborrecer marido com trivialidades ou ciúmes", ironiza-se nos comentários.
De facto - não é difícil concluir -, o beijo mencionado na publicação em causa aconteceu a 11 de julho de 2010, na final do jogo que deu o título de campeã do Mundo à Espanha, que venceu a Holanda por um a zero. À data, Iker Casillas ocupava o lugar na baliza espanhola e Sara Carbonero era repórter da Telecinco.
No fim do jogo, Casillas foi entrevistado por Carbonero, que lhe perguntava como se sentia depois da vitória frente à Holanda. "É um momento muito feliz. Só tenho que agradecer às pessoas que sempre me apoiaram, aos meus pais, ao meu irmão...", respondeu o guarda-redes espanhol. Visivelmente emocionado, a jornalista tentou acalmar Casillas com um típico e muito espanhol "no pasa nada" ("está tudo bem"), mas o jogador abraça-a e beija-a frente às câmaras. "Madre mía", suspirou Carbonero.
Horas depois do jogo, Iker Casillas justificou aquele beijo como "espontâneo": "Somos da rua, somos gente normal." De acordo com relatos de jornais espanhóis, Sara Carbonero e Iker Casillas conheceram-se durante a Taça das Confederações, em 2009, e começaram a namorar em fevereiro de 2010. Assim sendo, os dois já estavam juntos quando o beijo se deu, em julho de 2010.
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