Tem sido assim pelo menos desde 2011: o PSD acusa o PS de ter conduzido o país à bancarrota e os socialistas negam que isso tenha acontecido. A culpa da crise – não da bancarrota, a palavra tabu – foi do colapso financeiro internacional, que atropelou as economias ocidentais, nomeadamente as mais frágeis.

Porém, a narrativa socialista conheceu uma alteração recente. Durante as jornadas parlamentares do partido, Carlos César, em referência ao Bloco de Esquerda (BE) e ao Partido Comunista Português, disse o que segue: “Se nós fossemos sempre atrás do estilo de aventura e de que tudo é fácil e de que tudo é barato e de que tudo pode ser feito, que o BE em especial, mas também alguns dos nossos parceiros, alimentam frequentemente tínhamos um país com uma mão à frente e outra atrás de novo e voltávamos ao tempo da bancarrota”.

Negrão: “Foi um governo do PS a levar o país à bancarrota?” Costa: “O único contacto que tive com bancarrota foi ter saído de um governo em 2007 para ir recuperar um município da bancarrota e pôr esse município com as contas certas.”

“Bancarrota”. Carlos César pronunciou a expressão proibida. Ao pronunciá-la, entrou em contradição com o que António Costa vem continuamente afirmando?

A resposta está nesta troca de palavras entre o chefe do Governo e Fernando Negrão, líder parlamentar social-democrata, durante um debate quinzenal:

Negrão: “Foi um governo do PS a levar o país à bancarrota?”

Costa: “O único contacto que tive com bancarrota foi ter saído de um governo em 2007 para ir recuperar um município da bancarrota e pôr esse município com as contas certas.”

A divergência dos discursos de Costa e César a propósito da bancarrota foram tema no último Polígrafo SIC. Veja de seguida a peça emitida sobre o assunto:

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