"Esgotada a capacidade de Lisboa para absorver mais pilaretes, era urgente empreender em busca de soluções criativas. A nossa cidade já tem tudo: milhões de pilaretes; bom ordenamento urbano; apoio a idosos e crianças; um teatro por cada freguesia; jardins e passeios limpos e cuidados. Tudo... Exceto apoia-pés para ciclistas! Ora, esta necessidade está em vias de ter resposta adequada, estando as primeiras infraestruturas instaladas e em fase de teste", destaca-se numa das recentes publicações em causa, no Facebook, que exibe imagens da suposta estrutura numa rua de Lisboa.

"Na imagem pode ver-se o esforço do ciclista para usar tal equipamento, mas, com o tempo habituar-se-á, que a gente a tudo se habitua. Embora desta nem o saudoso Medina se tenha lembrado", acrescenta-se, em tom de ironia.

"O país está num estado caótico, há escândalos de corrupção todos os dias, impostos que aparecem como cogumelos... E o que faz a mobilidade fofinha em Lisboa? Preocupa-se em instalar 'repousa-pés' para ciclistas pela cidade! Sim, leram bem, uns trambolhos aparafusados aos passeios para os ciclistas 'repousarem' enquanto esperam nos semáforos! Só vendo se acredita neste circo", critica-se noutro exemplo de publicação no Facebook, com mais imagens da estrutura em ferro, de cor amarela, neste caso junto à Praça de Entrecampos, Lisboa.

De facto, no dia 7 de março, a Câmara Municipal de Lisboa anunciou no Twitter que "estruturas pousa-pé foram hoje instaladas na zona de Entrecampos, para garantir maior segurança e conforto aos utilizadores de bicicletas na cidade. Este é um projeto-piloto da Câmara de Lisboa que se prevê que venha a ser replicado pela cidade".

Na página da CML divulga-se mais informação sobre o projeto: "As duas primeiras estruturas, instaladas junto à Rotunda de Entrecampos, estão colocadas em ciclovias segregadas, antes do sinal luminoso, de modo que os utilizadores possam esperar, confortavelmente, pelo sinal verde, montados na bicicleta. A instalação destes equipamentos está integrada num projeto-piloto que pretende avaliar a perceção dos utilizadores relativamente à valência do seu uso, de forma a aferir a instalação de mais estruturas noutras zonas da cidade".

De acordo com Filipe Anacoreta Correia, vice-presidente da CML que tem o pelouro da Mobilidade, esta medida "promove modos de locomoção suaves e sustentáveis", como o objetivo de "tornar Lisboa uma cidade descarbonizada e amiga do ambiente, proporcionando a fruição do espaço público a todos aqueles que vivem, trabalham ou visitam a cidade".

_____________________________

Avaliação do Polígrafo:

Assine a Pinóquio

Fique a par dos nossos fact checks mais lidos com a newsletter semanal do Polígrafo.
Subscrever

Receba os nossos alertas

Subscreva as notificações do Polígrafo e receba os nossos fact checks no momento!

Em nome da verdade

Siga o Polígrafo nas redes sociais. Pesquise #jornalpoligrafo para encontrar as nossas publicações.
Verdadeiro
International Fact-Checking Network