João Ferreira, vereador do PCP na Câmara Municipal de Lisboa (CML), recorreu às redes sociais para dar conta de que a autarquia tinha enviado um email aos funcionários com as “instruções” que deviam seguir para continuarem a trabalhar durante as férias.
“A Câmara de Lisboa enviou um email aos seus trabalhadores a explicar-lhes o que devem fazer para continuarem a trabalhar nas férias”, lê-se num tweet do vereador comunista. Confirma-se?
A mensagem foi de facto enviada aos funcionários da CML, no entanto a ideia transmitida está descontextualizada. Isto porque o objetivo deste email, garante a autarquia, não era incentivar os funcionários a trabalharem durante as férias, mas sim explicar como poderiam continuar a utilizar os equipamentos do trabalho fora do país.
Contactada pelo Polígrafo, a CML esclareceu que o email em questão foi enviado pelo Departamento de Sistemas de Informação com o “objetivo de transmitir aos trabalhadores alguns pontos importantes que devem ter em conta no caso de se irem deslocar para fora do país com portáteis ou telemóveis da CML e pretenderem continuar a utilizar esses equipamentos. Em concreto, pontos relacionados com o acesso em segurança ao email e com os custos de roaming”.
“Naturalmente que a política de gestão de recursos humanos da CML determina que seja respeitado totalmente o gozo de férias dos seus trabalhadores e é essa a prática da Autarquia. Em nenhum momento do email mencionado se diz aos trabalhadores que devem continuar a trabalhar nas suas férias”, assegura.
A autarquia reencaminhou ao Polígrafo a mensagem integral enviada aos funcionários, à qual se acrescenta que o pedido para acesso ao email da CML e ativação de roaming, no estrangeiro, deve ser feito com 48h de antecedência e deve indicar a data de início e fim da viagem.
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Avaliação do Polígrafo: