Esta madrugada, na conferência de imprensa de lançamento do jogo da 2.ª jornada do Mundial de Clubes, em que o Benfica defrontará o Auckland (Nova Zelândia), Bruno Lage foi questionado sobre as dificuldades das equipas europeias frente às de outros continentes (apenas 6 vitórias em 13 jogos) e declarou:
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Pergunta: Como tem visto as dificuldades das equipas europeias neste Mundial? Falo do Real Madrid, do Inter, do Dortmund…
Resposta: (…) se queremos fazer disto um Mundial, temos de dar as mesmas condições que damos aos selecionadores, que é ter a equipa duas ou três semanas antes, para depois se entrar numa competição desta importância. Nós terminámos o Campeonato, há 3 semanas os jogadores dispersaram, cada um foi para as suas seleções, e viajaram de vários pontos do mundo para se encontrarem, e passados três dias estarem a competir. Esse é o primeiro ponto. Muitas das equipas – connosco não foi o caso – também estão a receber jogadores novos nesta altura, inclusive muitos com novos treinadores, a passarem novas ideias (…)”
De facto, há várias equipas que apresentam um novo treinador no Mundial de Clubes (pelo menos, no que diz respeito a jogos/competições oficiais). Os casos mais sonantes são os do Real Madrid (saiu Carlo Ancelotti, entrou Xabi Alonso) e do Inter (o romeno Cristian Chivu rendeu Simone Inzaghi).
Mas há mais, aqui está a lista completa:
Clube | Treinador |
Real Madrid | Xabi Alonso |
Inter | Cristian Chivu |
Al-Ahly | José Riveiro |
Al-Hilal | Simone Inzaghi |
Boca Juniors | Miguel Ángel Russo |
Monterrey | Domènec Torrent |
Pachuca | Jaime Lozano |
Há ainda o caso do Wydad Casablanca que teve Mohamed Benhachem como treinador interino nas últimas jornadas do campeonato marroquino e que viu o técnico confirmado, já sem caráter transitório, para o Mundial de Clubes.
Ao todo, contabilizando o Wydad, são 8 os clubes que têm novos treinadores no Mundial, isto é, 25% do total. Porém, apenas dois são emblemas europeus (Real Madrid e Inter), os restantes são dos outros continentes.
Desta forma, é verdadeiro que, conforme afirmou Bruno Lage, há muitos clubes com novos treinadores neste Mundial, mas tal não explica a dificuldade para se impor sentida até agora pelas equipas europeias, uma vez que a maioria destas mudanças de comando técnico ocorreu em clubes não europeus.
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Avaliação do Polígrafo Futebol: