A descrição da publicação que está a circular no X, que é acompanhada por uma imagem que mostra a suposta detonação, é a seguinte: “Aeroporto Japonês fechado por explosão de bomba americana provavelmente data da Segunda Guerra Mundial. A explosão causou uma cratera de 23 pés de largura e quase 3 pés de profundidade, no meio da pista de táxi, ao lado da pista do Aeroporto de Miyazaki. Não houve feridos”.
A acompanhar, é partilhada uma imagem dos respetivos danos causados pela explosão.
Mas será que a alegação corresponde à realidade?
Sim. De acordo com a agência de notícias Reuters, a explosão aconteceu no aeroporto regional de Miyazaki, no sudeste do Japão. Este aeroporto era uma antiga base naval japonesa durante a Segunda Guerra Mundial, de onde seguiam muitos pilotos “kamikazes”. As imagens captadas pela agência “Associated Press” confirmam isso mesmo, bem como os danos causados.
A explosão aconteceu perto da pista, levando ao cancelamento de cerca de 90 voos, que foram desviados para outros aeroportos. Apesar da detonação não ter acontecido na principal pista do aeroporto, condicionou a movimentação dos aviões na pista do aeródromo, fundamental para o acesso à pista principal, onde ocorrem as descolagens e aterragens.
De acordo com as autoridades locais, a explosão causou uma cratera de sete metros de largura e um de profundidade causada pela detonação (23 pés de largura e 3,2 pés de profundidade).
Uma equipa da Força de Autodefesa Terrestre do Japão deslocou-se ao local e concluiu que a causa da explosão foi uma bomba americana alojada na superfície terrestre desde a Segunda Guerra Mundial, que aconteceu entre 1939 e 1945.
À Reuters, a autoridade do Ministério dos Transportes disse que já foram encontradas várias bombas não detonadas no aeroporto de Miyazaki. A mais recente explosão não causou feridos.
Assim, a alegação que é feita na publicação é verdadeira e recente.
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Este artigo foi desenvolvido pelo Polígrafo no âmbito do projeto “Geração V – em nome da Verdade”, uma rede nacional de jovens fact-checkers. O projeto foi concretizado em parceria com a Fundação Porticus, que o financia. Os dados, informações ou pontos de vista expressos neste âmbito, são da responsabilidade dos autores, pessoas entrevistadas, editores e do próprio Polígrafo enquanto coordenador do projeto.
*Texto editado por Marta Ferreira.
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Avaliação do Polígrafo: