No espaço de comentário político semanal que protagoniza na SIC, a 30 de dezembro, Luís Marques Mendes traçou uma série de previsões para 2019, destacando-se a de que “a economia vai abrandar”. Tanto ao nível global, desde logo na Europa, como em Portugal. “Em termos estatísticos, o Banco de Portugal, a Comissão Europeia e o Fundo Monetário Internacional já disseram que vamos crescer abaixo do que estávamos a crescer”, afirmou Marques Mendes, antigo líder do PSD e atual membro do Conselho de Estado.
No que respeita ao Banco de Portugal (BdP), no boletim económico de Inverno, publicado a 18 de dezembro, foram revistas em baixa as previsões de crescimento da economia portuguesa em 2019. O BdP prevê que, após um crescimento de 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018, a economia portuguesa deverá crescer 1,8% no próximo ano. Ou seja, menos 0,4 pontos percentuais do que está inscrito (2,2%) no Orçamento do Estado para 2019.
Por seu lado, a Comissão Europeia (CE), nas previsões de Outono (divulgadas a 8 de novembro), estimou que Portugal deverá registar o quinto pior crescimento do PIB no próximo ano, entre os 28 Estados-membros da União Europeia. A previsão da CE aponta para um crescimento de 1,8% do PIB português em 2019, abaixo da média da UE e também da Zona Euro.
Quanto ao Fundo Monetário Internacional (FMI), no relatório “World Economic Outlook” publicado no início de outubro, aponta para o mesmo número: um crescimento de 1,8% do PIB português em 2019, abaixo da estimativa de 2,2% do Governo português.
Tal como Marques Mendes afirmou, de facto, o BdP, a CE e o FMI prevêem que o crescimento da economia portuguesa vai abrandar no próximo ano, passando de 2,1% em 2018 (importa salientar que este número também é uma estimativa) para 1,8% em 2019. A afirmação de Marques Mendes é fundamentada.
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