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Azeredo Lopes disse que por ver “filmes policiais” lhe pareceu normal a recuperação das armas?

Política
Este artigo tem mais de um ano
O que está em causa?
Estão a circular várias imagens nas redes sociais indicando que o ex-ministro da Defesa Nacional, José Azeredo Lopes, implicado no "caso de Tancos", terá declarado no interrogatório que lhe pareceu normal a recuperação das armas extraviadas por ser algo comum em "filmes policiais". Verdadeiro ou falso?

A maior parte das publicações em causa baseia-se em imagens do ex-ministro da Defesa Nacional com a seguinte legenda: “Interrogatório Azeredo; Ex-ministro diz que por ver ‘filmes policiais’ lhe pareceu normal a recuperação das armas”.

O Polígrafo recebeu vários pedidos de verificação destes conteúdos. Afinal são verdadeiros ou falsos?

As imagens foram captadas a partir de uma notícia de hoje da RTP segundo a qual “Azeredo não estranhou a forma como foram recuperadas as armas”.

“Azeredo Lopes disse que não achou estranho a forma como foi feita a recuperação do armamento roubado em Tancos e a existência de um informador. No interrogatório, a que a RTP teve acesso, afirmou que depois de ver filmes policiais achou que esta era a forma habitual das autoridades“, informou a RTP.

Esta não é a primeira referência cinematográfica de Azeredo Lopes no âmbito do “caso de Tancos”. No dia 10 de setembro de 2017, ainda nas funções de ministro da Defesa Nacional, em entrevista à TSF, afirmou que “no limite, pode não ter havido furto nenhum. Porquê? Porque como não temos prova visual, não temos prova testemunhal, como não temos confissão, por absurdo, podemos admitir que o material já não existisse e que tivesse sido anunciado. Está a perceber o que eu quero dizer? Sem querer estar a fazer humor com isso, um civil que queira utilizar um sistema obsoleto arrisca-se a que lhe expluda nas mãos. Parece que estamos a falar de filmes do Rambo“.

***

Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.

Na escala de avaliação do Facebookeste conteúdo é:

Verdadeiro: as principais alegações do conteúdo são factualmente precisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “Verdadeiro” ou “Maioritariamente verdadeiro” nos sites de verificadores de factos.

Na escala de avaliação do Polígrafoeste conteúdo é:

 

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