“Ao fim de mais de sete anos de poder socialista, já não é tempo para desculpas. Já não há desculpa para um SNS com 1.500.000 de portugueses sem médico de família, mais 50% do que no final de 2015, mais 500 mil do que quando o Partido Socialista chegou ao Governo. Só na região de Lisboa e Vale do Tejo, o número de utentes sem médico de família é agora superior ao de todos os utentes nessa situação em Portugal Continental no final de 2015. Um feito, sim senhor”, ironizou esta tarde no Parlamento o deputado social democrata Rui Cristina, que aproveitou a ocasião para lembrar a promessa não cumprida de António Costa quanto aos utentes com médico de família.
No portal Transparência do Serviço Nacional de Saúde (SNS), encontramos os números de utentes inscritos em cuidados de saúde primários, com e sem médico de família atribuído, desde janeiro de 2016, dois meses após a tomada de posse de Costa. Nessa altura, e sem dados para 2015, registavam-se 1.053.838 utentes sem médico de família atribuído, num total de 10.064.165 utentes inscritos em cuidados de saúde primários em todo o país. Ou seja, 10,4% dos utentes inscritos não tinham médico de família.
Salto para fevereiro de 2023, último mês com dados disponíveis, em que se registou um total de 10.576.290 utentes inscritos, 1.544.939 dos quais sem médico de família atribuído. Ou seja, 14,6% dos utentes inscritos não tinham médico de família.
Se afunilarmos a pesquisa à ARS Lisboa e Vale do Tejo, percebemos que, dos 1.544.939 utentes sem médico de família em todo o país no último mês de fevereiro, 1.073.281 pertenciam a essa Administração Regional de Saúde, mais 19.443 do que o total de utentes sem médico de família em 2016.
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