António Costa participou hoje, juntamente com Pedro Marques, cabeça de lista do PS às eleições europeias, num almoço em Vila Nova de Gaia. Perante centenas de militantes, Costa puxou dos galões no domínio da economia: “Há razões para que o PS mereça a confiança e o PSD mereça a censura. Percebo muito bem o que o PSD quer começar aqui, na campanha às europeias. Quer começar o assalto ao poder e mudar a política que começamos há três anos.” Política que, de acordo com o Primeiro-Ministro, “permitiu a Portugal desde a adesão ao Euro, termos crescido em 2017, termos crescido em 2018 e estarmos a crescer em 2019 pela primeira vez de novo acima da média europeia.”
Será mesmo assim?
Embora o Governo registe um score que, comparativamente ao nosso passado recente, é invulgar, Costa foi impreciso na sua declaração. Em 1999, ano que marcou a introdução do Euro, Portugal registou um crescimento de 3,9%. Nesse mesmo ano, a Zona Euro teve um crescimento de 3%.
Embora, em mim rigor, não seja a primeira vez que Portugal cresce acima da zona Euro, há, de facto, um resultado inédito que o Governo de António Costa pode sublinhar com propriedade: foi o único, desde a criação do Euro, a conseguir crescer dois anos consecutivos.
Segundo os dados do Eurostat, Portugal cresceu 2,1% em 2018, acima dos 1,8% registados pela Zona Euro. Em 2017, o PIB português já aumentara 2,8%, contra 2,4% da zona Euro.
Em 2000, Portugal falhou o crescimento acima da Zona Euro em dois anos consecutivos por uma décima: ao registar 3,8% de expansão do PIB, colocou-se a par da média europeia alcançada nesse ano.
Avaliação do Polígrafo: