O incêndio de Pedrógão Grande ocorreu entre os dias 17 e 24 de junho de 2017 e, durante esse período de tempo, António Costa estava em funções como primeiro-ministro. Só posteriormente é que foi de férias, de facto, na primeira quinzena de julho de 2017.
“O primeiro-ministro tinha férias marcadas para a primeira quinzena de julho e não as desmarcou, apesar da crise dos incêndios de Pedrógão Grande e do roubo de armamento dos paióis de Tancos. Vai ser à distância que tomará conhecimento da reunião do Conselho Superior de Defesa, que se reúne hoje em clima de alta tensão contra o ministro Azeredo Lopes. Também será à distância que ficará a par da reunião urgente que o CDS-PP pediu ao Presidente da República sobre ‘a quebra grave da confiança nas instituições do Estado’ depois dos incêndios e do assalto a Tancos”, noticiou o jornal “i”, a 3 de julho de 2017.
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“Eu queria dar conta, em primeiro lugar, da total solidariedade com estas populações que estão a ser vítimas desta calamidade e, muito em particular, das famílias que estão enlutadas com esta tragédia humana que não tem comparação com nenhuma outra ocorrida”, declarou Costa, no dia 18 de junho de 2017, em Pedrógão Grande.
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Aliás, na altura das férias de Costa, mais do que o incêndio de Pedrógão Grande, o que causou uma maior controvérsia foi a proximidade temporal com o furto de material de guerra na base militar de Tancos, detectado no dia 28 de junho.
“António Costa interromperá as férias e regressará a Portugal entre terça e sexta-feira. Depois voltará para o seu destino de férias – aparentemente, uma ilha espanhola – até ao debate sobre o ‘Estado da Nação’, no dia 12 de julho. As férias do primeiro-ministro – ou o local onde decorrem – não foram divulgadas oficialmente. O primeiro-ministro ainda não se pronunciou sobre o roubo de material de guerra que está a preocupar as autoridades internacionais. Assunção Cristas, a líder do CDS, pediu ontem a António Costa para dar explicações, mas vai ter de esperar”, salientou o jornal “i”.
Consultando as notícias de jornais e reportagens nas estações de televisão durante esse período temporal verificamos, aliás, que o primeiro-ministro esteve presente em Pedrógão Grande logo no dia 18 de junho de 2017, acompanhando as operações da Proteção Civil.
“Eu queria dar conta, em primeiro lugar, da total solidariedade com estas populações que estão a ser vítimas desta calamidade e, muito em particular, das famílias que estão enlutadas com esta tragédia humana que não tem comparação com nenhuma outra ocorrida”, declarou Costa, no dia 18 de junho de 2017, precisamente em Pedrógão Grande.
“Da reunião que tive com os senhores presidentes da Câmara de Figueiró dos Vinhos, da Pampilhosa e de Pedrógão, pudemos já identificar um conjunto de necessidades e começar a articular um conjunto de respostas“, assegurou o primeiro-ministro, ao lado de Constança Urbano de Sousa, então ministra da Administração Interna.
Nota editorial: este artigo é motivado pelo incidente de hoje envolvendo o primeiro-ministro António Costa e baseia-se em informação já publicada num artigo do Polígrafo de 13 de agosto de 2019.
Avaliação do Polígrafo: