“A chanceler alemã Angela Merkel fez um discurso emocionado ao parlamento nesta semana, pedindo aos parlamentares que a ajudem a restringir severamente a liberdade de expressão na Alemanha. A líder globalista argumentou que o Governo deve retirar os direitos de liberdade de expressão dos cidadãos para tornar a Alemanha ‘mais livre'”, salienta-se na publicação em causa.

E prossegue: “Para aqueles que afirmam que não podem mais expressar a sua opinião, eu lhes digo: Se você expressa e pronuncia a sua opinião, deve viver com o facto de que será contradito. Expressar uma opinião não tem custo zero. Mas a liberdade de expressão tem os seus limites“.
Confirmam-se as declarações da chanceler da Alemanha? Verificação de factos.
Angela Merkel, no seu discurso, não afirmou que a Alemanha iria “restringir severamente” a liberdade de expressão, como sugere o artigo sob análise.

A chanceler da Alemanha afirmou, sim, que a liberdade de expressão “é importantíssima” e não deve ser coarctada.
“Mas tem um reverso”, sublinhou Merkel. “Quem expressa a sua opinião tem que estar preparado para a possibilidade do contraditório e para assumir as consequências do que diz. A liberdade de expressão não quer dizer que anulemos os outros e que toda a gente tem de estar de acordo, unanimemente, sobre tudo. A liberdade de expressão tem limites e esses limites começam quando se promove o ódio e se atenta contra a humanidade e honra dos outros”.
Concluindo, Merkel não disse que a liberdade de expressão deveria ser “restringida severamente” na Alemanha. Mas alertou para o perigo dos discursos de ódio que muitas vezes surgem camuflados de liberdade de expressão. E defendeu que a liberdade de expressão tem limites ou deve ser limitada em determinadas circunstâncias.
Nota editorial: este conteúdo foi selecionado pelo Polígrafo no âmbito de uma parceria de fact-checking com o Facebook, destinada a avaliar a veracidade das informações que circulam nessa rede social.
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Verdadeiro: as principais alegações do conteúdo são factualmente precisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “Verdadeiro” ou “Maioritariamente verdadeiro” nos sites de verificadores de factos.
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