“Liberdade para os presos políticos em Angola”, destaca-se nesta publicação no Facebook, datada de 11 de setembro, do conhecido ativista social angolano Nelson Dembo “Gangsta77“.
O post do ativista é suportado por este vídeo dando conta que a Amnistia Internacional pediu às autoridades angolanas a libertação da influenciadora digital Ana da Silva Miguel “Neth Nahara“, detida há mais de um ano devido à partilha de um vídeo na rede social TikTok em que criticava o Presidente João Lourenço.
Além de Nahara, a organização dedicada à defesa dos direitos humanos ao nível mundial quer, igualmente, a libertação de outras quatro pessoas detidas “arbitrariamente” por mais de 10 meses, “apenas pelo exercício pacífico dos seus direitos de protesto e expressão”.
Com a viralização do conteúdo nas redes socias, sobretudo no Facebook, emerge um debate aceso nas plataformas digitais sobre direitos humanos, liberdade de expressão e de imprensa, além da competência dos órgãos judicias angolanos.
É, aliás, nas reações à publicação de “Gangsta77” que sobressaem comentários de internautas contra os poderes executivo e legislativo angolanos. Um dos internautas chega a atestar, por exemplo, que os “procuradores angolanos não são sérios”, opinião validada por outro interveniente, que afirma, por sua vez, que “em Angola atropela-se a Constituição, governar-se mal e quem governa não aceita ser criticado”.
Mas é verdade que a Amnistia Internacional pediu a libertação de Neth Nahara e outros presos políticos
Sim. No entanto, o pedido da Amnistia Internacional remonta ao dia 13 de agosto de 2024, segundo noticiou a “VOA – Voz da América“.
Sobre o assunto, o vice-diretor regional da organização de defesa dos direitos humanos para a África Oriental e Austral, Vongai Chikwanda, citado pela VOA, diz que “a condenação de Neth Nahara por cometer um ‘ultraje contra o Estado’ é absurda, enquanto a sua sentença foi estendida de seis meses para dois anos após um processo de recurso que falhou”.
Por outro lado, o responsável pediu também a libertação de outros quatro “presos políticos”, nomeadamente Adolfo Campos, Hermenegildo Victor José “Gildo das Ruas”, Abraão Pedro Santos “Pensador” e Gilson Moreira “Tanaice Neutro”, detidos desde 16 de setembro de 2023, após tentarem organizar uma manifestação em Luanda.
_______________________________
Avaliação do Polígrafo: