“Esse avião é um perigo. A Anac [Agência Nacional de Avião Civil do Brasil] é uma nulidade completa: permite que aviões como o que caiu em Vinhedo (São Paulo) operem à vontade em voos regionais no Brasil. Desde o lançamento, nos anos 1980, os ATR 72 já caíram 402 vezes, matando 470; e foram 187 acidentes e 296 mortos com o ATR 42″, denuncia-se numa publicação de 10 de agosto no Threads.
A mesma alegação, embora com ligeiras variações, também está a ser difundida noutras redes sociais como o Facebook e o Instagram. Na sequência do trágico acidente ocorrido a 9 de agosto no Estado de São Paulo, Brasil, quando um avião da companhia Voepass (modelo ATR 72-500) se despenhou, provando a morte de 62 pessoas.
Confirma-se que as aeronaves do modelo ATR 72 “já caíram 402 vezes” desde que foram lançadas no mercado de aviação comercial?
Não. Na base de dados da “Aviation Safety Network” (ASN) estão registadas 402 ocorrências envolvendo o modelo ATR 72 desde o seu primeiro voo comercial em 1988. Mas todas essas ocorrências não correspondem necessariamente a quedas dos aviões.
“A grande maioria das mais de 400 ocorrências registadas na base de dados da ASN, portanto, não representam quedas ou acidentes com mortes: elas incluem, por exemplo, incidentes de colisão com aves, nos quais não houve consequências aos passageiros e apenas danos leves à aeronave”, informa a AFP Checamos.
De acordo com esses dados, em 391 das ocorrências registadas não houve vítimas mortais. Além de que foram ocorrências registadas ao nível mundial, não apenas no Brasil.
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