Na quinta-feira da semana passada, uma operação policial na zona do Martim Moniz marcou a atualidade e separou visões políticas até dentro dos mesmos partidos. Uma fotografia que mostra dezenas de pessoas encostadas à parede foi o principal motivo de crítica à ação da PSP (Polícia de Segurança Pública), que a justificou com supostos crimes violentos que ali têm ocorrido. No X, porém, houve quem lembrasse que a freguesia onde a polícia atuou viu a sua criminalidade violenta baixar em 2023, não havendo aparente motivo para as ações que ali aconteceram. Confirma-se?
Sim. Importa mencionar que o Martim Moniz está situado na freguesia de Santa Maria Maior, que engloba outras zonas centrais da cidade como a Baixa e o Chiado. Apesar de, segundo o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2023, a criminalidade violenta e grave ter aumentado 5,6% em Portugal, os dados mais específicos para a freguesia de Santa Maria Maior não indicaram aumento expressivo deste tipo de criminalidade. Aliás, a PSP chegou a negar que houvesse crescimento significativo de ocorrências graves ou violentas nesta freguesia.
Em julho deste ano, depois de queixas de insegurança por parte dos moradores e autarcas, a PSP negou o aumento da criminalidade violenta e grave nas freguesias de Santa Maria Maior, em Lisboa, e de Ramalde, no Porto. Numa nota a que a Lusa teve acesso, a Polícia afirmava que em Santa Maria Maior, Lisboa, “tanto a criminalidade geral como a criminalidade violenta e grave diminuíram, comparando com o período homólogo do ano transacto”.
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Avaliação do Polígrafo: