“Notícia da polícia. Uma mensagem urgente para todos. Durante as próximas semanas, não bebam quaisquer produtos da PEPSI. Um trabalhador admitiu ter-lhes adicionado sangue infetado com o vírus HIV”, pode ler-se numa publicação divulgada no Facebook, no passado mês de janeiro. Uma breve pesquisa mostra que este é um rumor com cerca de oito anos, e que tem, esporadicamente, voltado a surgir.
Em 2011, o aviso começou a circular nas redes sociais, não tendo sido divulgado por quaisquer fontes fidedignas, como órgãos de comunicação social, o que, à partida, é um grande sinal de alarme. Pela mesma altura, uma informação semelhante era divulgada na Índia, relativamente a uma bebida igualmente famosa no país, a Frooti.
Dois anos depois, após o ressurgimento do aviso, a equipa da bebida fornecida pela Parle Agro India Pvt. Ltd. decidiu recorrer ao Facebook, para esclarecer o mal-entendido. Na publicação, asseguraram que se tratava de um rumor sem qualquer credibilidade, e que a polícia de Deli, alegada fonte da informação, estaria a investigar o assunto. Recentemente questionada pelo site de fact-checking Politifact, a Pepsi classificou também a informação como “falsa”.

Importa ainda referir que, de acordo com a agência de saúde Centers for Disease Control and Prevention, “Mesmo que os alimentos contivessem pequenas quantidades de sangue ou sémen infetado com o vírus HIV, a exposição ao ar, calor da confeção, e o ácido do estômago iriam destruí-lo”.
Uma simples pesquisa no Google desvenda uma série de artigos em que se fala em “lenda urbana” ou, simplesmente, num grande boato. Em resumo, oito anos depois, continuam a faltar fundamentos fidedignos para que esta possa ser considerada uma informação verdadeira. Pelo contrário, cumpre os requisitos básicos para que a possamos considerar totalmente desprovida de sentido.
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