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A partilha desta imagem impede mesmo que a Meta utilize as suas fotografias para treinar a Inteligência Artificial?

Sociedade
O que está em causa?
Em Portugal e noutros países, nesta e noutras alturas, uma imagem absolutamente viral acaba a ser partilhada milhares de vezes nas redes sociais da META (Facebook e Instagram). Com um clique, é garantido aos utilizadores destas plataformas que a empresa não vai utilizar as suas imagens e dados para treinar a Inteligência Artificial. Mas será que resulta mesmo?

Aconteceu há uns meses e volta a acontecer agora: no Instagram, uma imagem com fundo cor de laranja e letras pretas está a ser partilhada de forma absolutamente viral. Até por pessoas famosas, que querem a todo o custo impedir que a Meta, empresa que detém o Facebook e o Instagram, utilize os seus dados para treinar ferramentas de Inteligência Artificial.

Parece simples: basta copiar e colar a imagem, onde se lê “Adeus Inteligência Artificial da Meta” e para a qual terá contribuído um suposto advogado. “Um advogado aconselhou-nos a publicar isto. Não o fazer pode resultar em consequências legais. Como a Meta é agora uma entidade pública, todos os utilizadores devem publicar uma declaração como esta. Se não publicar pelo menos uma vez, a empresa vai assumir que o utilizador concorda com a utilização das suas fotos e informações. Eu não dou permissão à Meta ou a qualquer outra pessoa para utilizar qualquer um dos meus dados pessoais, informações de perfil ou fotos para treinar a Inteligência Artificial”, lê-se neste “aviso”.

Centenas de milhares de utilizadores do Instagram decidiram jogar pelo seguro, mas a verdade é que este “post” não tem qualquer tipo de validade legal nem efeito nas políticas de dados da Meta. Há, sim, formas de garantir que a Meta não recorre aos seus dados. Mas nenhuma delas envolve partilhar uma foto.

No geral, os utilizadores podem simplesmente tornar a sua conta privada. Desse modo, os seus dados não serão utilizados para treinar modelos generativos de Inteligência Artificial. Quanto às mensagens privadas, a Meta já esclareceu que estas não serão tidas em consideração.

Para os cidadãos da União Europeia (UE) e do Reino Unido, porém, esta proibição é ainda mais direta: os utilizadores podem impedir que a Meta recorra às suas informações preenchendo um formulário (no Facebook ou no Instagram). Nele, basta explicar o porquê da objeção. “Se a solicitação for atendida, ela será aplicada daqui para a frente”, informa a empresa.

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Avaliação do Polígrafo:

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