“Como é possível que ainda acreditem que este partido fará algo de diferente do que fez nos mandatos anteriores?”; “Se fosses honesto, não dizias isso… mas continua a dizer mentiras”. O “tweet” até pode ser uma “brincadeira”, mas há quem o tenha levado muito a sério.
Em cima de uma fotografia de Pedro Nuno Santos, a citação: “Há uma grande diferença entre nós e a direita. Nós temos três bancarrotas.” Esta partilha colheu mais de 28 mil visualizações, mas não passa de uma montagem: é claro que o socialista nunca disse esta frase. Se dissesse, porém, estaria correto.

Foi em 1977 que o Fundo Monetário Internacional (FMI) chegou pela primeira vez a Portugal, com o país nas mãos de António Ramalho Eanes, como Presidente da República, e de Mário Soares, líder do PS que exercia o cargo de Primeiro-Ministro. Os salários foram reduzidos, os impostos aumentaram e o objetivo de baixar a taxa de desemprego (superior a 7%) e de diminuir a inflação foi parcialmente atingido.
Ainda assim, logo em 1983, com Mário Soares novamente como Primeiro-Ministro e representante do Governo de coligação entre PS e PSD, o FMI aterrou de novo no país, naquela que não seria a última intervenção de emergência nem o último pedido de ajuda externa.
Em 2011, com uma taxa de desemprego que ultrapassava os 13%, o FMI chegou a Portugal “com uma estratégia que visava o restabelecimento da confiança dos mercados financeiros internacionais e a promoção da competitividade e do crescimento económico sustentável”. Assim, o Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF), recorda-se na página do “Banco de Portugal“, assentou em três pilares: “Consolidação orçamental, estabilidade do sistema financeiro e transformação estrutural da economia portuguesa”.
Mais uma vez, os preços aumentaram, os salários sofreram cortes, o investimento público caiu e vários trabalhadores ficaram sem subsídios de Natal. Nesse ano e nesse Governo, o segundo de José Sócrates e que se estendeu até junho de 2011, eram os socialistas a liderar.
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