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Três fake news sobre Ayrton Senna que se tornaram virais nas redes sociais

Este artigo tem mais de um ano
Faz hoje 25 anos que morreu um dos maiores mitos do desporto brasileiro e mundial. No primeiro dia de maio de 1994, Ayrton Senna bateu de frente contra um muro na curva Tamburello, no autódromo de Imola, na Itália. Desde então, a sua imagem e a sua memória têm sido profusamente utilizadas de forma enganadora. Deixamos-lhe três dos rumores mais virais.

1.

O rumor:

Um vídeo lançado no youtube , visto por mais de 3 milhões de pessoas, garantia que Ayrton Senna não morrera na sequência de um acidente – na verdade, o ex-piloto teria sucumbido na sequência de um tiro certeiro na cabeça! Será que isso é verdade?

O vídeo – intitulado “Ayrton Senna, Acidente ou Execução?” – tem pouco mais de oito minutos de duração e mostra ao detalhe os segundos em que Senna bate de frente contra um muro na curva Tamburello, no autódromo de Imola, na Itália.

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A verdade:

Esta não foi a primeira teoria da conspiração sobre a morte do desportista brasileiro. Já em Setembro de 2014 circulara outra, que garantia que Senna teria desmaiado e que teria sido por isso que perdeu o controlo do seu Fórmula 1.

Outra teoria garantia que o ex-piloto não travou antes da colisão. Outra falsidade. Dados oficiais provam que Senna acabara de reduzir a velocidade de pouco mais de 300km/h para 216km/h.

A tese do tiro é a mais rebuscada. Acertar no capacete de um piloto a uma velocidade superior a 300 km/h é virtualmente impossível. A verdade pura e dura é que Senna morreu com o impacto a 208 km/h, que lhe provocou ferimentos fatais na base do crânio, bem como um esmagamento do cérebro uma ruptura da artéria temporal.

 

2.

O rumor:

Um vídeo que foi colocado a circular nas redes sociais aquando da campanha presidencial brasileira assinalava o fim da campanha de Bolsonaro. Como música de fundo, tinha o “Tema da Vitória”, que era o tema utilizado nas comemorações de corridas ganhas por Ayrton Senna.

Logo a abrir o vídeo, é dito que a utilização da música foi validada pela irmã do ex-piloto, Vivianne Senna. Objetivo: dar a entender que a família de um dos maiores ícones populares brasileiros seria apoiante de Bolsonaro.

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A verdade:

A Agência Lupa analisou caso e constatou que a família Senna nunca autorizou a utilização da música em causa – e mesmo que quisesse fazê-lo, não poderia, uma vez que, como sublinhou publicamente o próprio Instituto Ayrton Senna, que gere o seu legado, os direitos sobre a música não lhe pertencem.

Além disso, a realidade é que o vídeo não constava de qualquer material promocional de Bolsonaro, não tendo sido utilizado pela campanha oficial do candidato. Tratou-se, portanto, de pura desinformação criada pelos seus apoiantes para influenciar a opinião pública.

3.

O rumor:

A Inglaterra decidiu homenagear Ayrton Senna estampando a sua face nas notas de 10 libras. A “notícia” foi posta a circular nas redes sociais em maio de 2018, pouco depois de se espalhar um falso alerta segundo o qual os bancos brasileiros teriam sido proibidos de aceitar notas com o carimbo “Lula Livre”.Enquanto no Brasil cometem o crime de carimbar o rosto de um ladrão nas notas, os ingleses homenageiam o Senna em suas cédulas!”, dizia o texto, claramente da autoria de um apoiante do ex-Presidente brasileiro, atualmente a cumprir pena de prisão pela prática de corrupção.

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A verdade:

De facto, Ayrton Senna já foi várias vezes homenageado em moedas nacionais. Segundo o Instituto Ayrton Senna, isso já sucedeu em sete ocasiões – mas nenhuma delas se refere à sua imagem impressa em libras.

O site de verificação de factos e-farsas analisou a imagem da nota que foi distribuída nas redes e concluiu que se trata de uma montagem ardilosamente concebida com fins propagandísticos.

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A nota de que a publicação fala é, na realidade, uma homenagem a Charles Darwin (em cima), autor da teoria da evolução das espécies, e foi lançada no ano 2000. Se observarmos a nota ao detalhe, pode verificar-se que a imagem de Senna foi “colada” em cima da de Darwin. Uma colagem grosseira, uma vez que ainda é possível reconhecer um pouco da barba do britânico, bem como o “C” inicial do seu nome.

 

 

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