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Taís Pina é a mais jovem judoca portuguesa em Olimpíadas?
Nascida a 13 de outubro de 2004 (19 anos e 9 meses), Taís Pina é a judoca mais jovem das portuguesas presentes nos JO (-70 kg). No entanto, entre as 12 mulheres que, ao longo da história, se qualificaram por Portugal para as olimpíadas, há três que o conseguiram num tempo ainda mais precoce.
Sandra Godinho, que nasceu a 30 de abril de 1973, conseguiu o apuramento para os JO de Barcelona 1992, nos quais participou com 19 anos e 3 meses.
Telma Monteiro e Filipa Cavalleri estrearam-se nos JO praticamente com a mesma idade. Tomando a data de início de cada uma das edições em que participaram pela primeira vez, constata-se que foi mesmo Telma Monteiro a mais jovem. A atleta do SL Benfica nasceu a 27 de dezembro de 1985 e Atenas 2004 começou a 13 de agosto (quando Telma tinha 18 anos, 7 meses e 17 dias), ao passo que Filipa Cavalleri (que integra hoje o Governo, como adjunta do gabinete do Secretário de Estado do Desporto) nasceu a 6 de dezembro de 1973 e Barcelona 92 iniciou-se a 25 de julho (quando Cavalleri tinha 18 anos, 7 meses e 19 dias).
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Avaliação do Polígrafo: Falso
2. Competição feminina só existe desde 1988?
A luta pela igualdade de género tem no desporto um dos seus principais palcos. Modalidade eminentemente associada à força física e à luta corpo a corpo, o judo foi durante vários anos interdito à participação feminina. Na proporção desse atraso, o Comité Olímpico Internacional apenas criou a competição feminina 24 anos mais tarde do que a masculina. Assim aconteceu em 1988, em Seul. Na prova de então, participaram somente oito atletas: as cinco primeiras classificadas do Campeonato do Mundo realizado em 1987 e as representantes de África, Oceânia e Coreia do Sul (na qualidade de país organizador). A portuguesa Teresa Gaspar foi uma delas, devido ao excelente desempenho obtido no ano anterior, classificando-se em 5.º lugar nesses JO.
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Avaliação do Polígrafo: Verdadeiro
3. Judo é uma das três modalidades com maior paridade entre os atletas olímpicos portugueses?
O judo feminino chegou tarde ao programa olímpico (1988), mas, historicamente, na presença portuguesa, é um dos mais assíduos, numerosos e de menor desequilíbrio quando comparado com o homólogo masculino.
Na totalidade das Olimpíadas (sem incluir Paris 2024), houve já 50 qualificações conseguidas pelo judo português (neste critério, não se excluem as qualificações do mesmo atleta para JO diferentes). Dessa meia centena, apesar de ter tido menos 24 anos de acesso à competição, 21 são de mulheres (42%). Apenas duas modalidades têm um melhor registo feminino: a ginástica (no cômputo de todas as suas disciplinas) e o surf (desporto olímpico desde 2020), em que a presença das mulheres é, respetivamente, maioritária e exclusiva.
Do ponto de vista absoluto, somente o atletismo, a natação e a ginástica conseguiram mais qualificações femininas do que o judo. Esta arte marcial partilha ainda o podium – a par da natação e do atletismo – do desporto feminino com a presença consecutiva mais longa e ainda em curso nos JO (no caso do judo, 36 anos e 9 Olimpíadas).
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Avaliação do Polígrafo: Verdadeiro
4. Telma Monteiro é a atleta português com mais presenças em JO?
A judoca portuguesa começou a sua autêntica saga olímpica em 2004 (Atenas). Não falhou a presença nas quatro edições seguintes (Pequim, Londres, Rio de Janeiro e Tóquio), conquistando em 2016 a medalha de bronze na categoria -57 kg. Em novembro de 2023, quando se aproximava a fase crítica da qualificação para os JO deste ano, a rotura do ligamento cruzado anterior do seu joelho esquerdo obrigou-a a uma paragem de cinco meses e comprometeu a qualificação para Paris 2024 (embora tivesse regressado em abril e ficado somente 1 lugar atrás da última apurada).
As cinco qualificações de Telma Monteiro são, no entanto, superadas pelas sete do velejador João Rodrigues (de 1992 a 2016) e as seis do atleta da marcha João Vieira (de 2000 a 2020).
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Avaliação do Polígrafo: Falso