- Nunca um atleta português conseguiu a sua primeira medalha no quarto ciclo olímpico em que participava?
Irina Rodrigues disputa hoje a final da prova olímpica de lançamento do disco, depois de se qualificar na sexta-feira, com um arremesso de 62,90 metros. A atleta de Leiria, médica nos Açores, está no seu quarto ciclo olímpico: qualificou-se para Londres 2012 (com apenas 21 anos) mas falhou a final, depois perdeu a presença no Rio 2016 devido a uma lesão contraída já em plena aldeia olímpica e, finalmente, em Tóquio 2020, voltou a não conseguiu qualificar-se para a final.
Mas há um atleta, por sinal do género feminino, que conseguiu a sua primeira medalha no quarto ciclo olímpico em que participava. Telma Monteiro, judoca, qualificou-se para os Jogos Olímpicos (JO) de 2004 (Atenas), 2008 (Pequim), 2012 (Londres) e 2016 (Rio de Janeiro) e 2020 (Tóquio) e foi justamente no quarto ciclo que subiu ao pódio (bronze)
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Avaliação do Polígrafo: Falso.
2. Liliana Cá e Irina Rodrigues foram as únicas portuguesas a atingir uma final olímpica do lançamento do disco?
A atual geração de lançadoras do disco portuguesas é considerada a melhor de sempre, personificada em Irina Rodrigues (33 anos) e Liliana Cá (37 anos). Nos últimos 12 anos, além de seis qualificações para os JO, o 5.º lugar de Liliana Cá (diploma olímpico) em Tóquio 2020, a medalha de bronze de Liliana Cá nos Europeus (em junho passado) e o bater do recorde nacional com mais de 30 anos (primeiro por Liliana Cá, depois por Irina Rodrigues) legitimam esta conclusão.
Mas Irina Rodrigues e Liliana Cá não foram as pioneiras a alcançar a final do torneio olímpico. Teresa Machado conseguiu-o em duas ocasiões, num curriculum com um total de quatro participações olímpicas: Atlanta 1996 (10.º lugar) e Sydney 2000 (11.º lugar).
Aquela que continua a ser indicada como a maior lançadora de sempre, já falecida (fevereiro de 2020), dominou a modalidade em Portugal durante os anos 90 e 2000. O seu recorde nacional (65,40 metros), vigorou de 3 de maio de 1998 a 6 março de 2021 (22 anos, 10 meses e 3 dias).
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Avaliação do Polígrafo: Falso
3. Discos da competição masculina e feminina são iguais?
A paridade é uma das grandes preocupações do Comité Olímpico Internacional, que levou até este órgão a suprimir uma prova: a partir de Paris 2024, os 50 quilómetros marcha masculinos – por não ter prova equivalente no feminino e se entender que não seria replicável entre as mulheres – foram substituídos pela marcha mista, com a distância da maratona (42,195 quilómetros), mas percorrida em etapas por uma equipa de dois atletas masculinos e duas femininas.
No que diz respeito ao disco (objeto que é arremessado), quer o COI quer a Federação Internacional de Atletismo não introduziram alterações significativas àquilo que são as medidas regulamentares originariamente definidas, em especial o facto do disco usado pelos homens ser diferente do das mulheres.
Assim:
Masculino – 2 kg, 22 cm de diâmetro
Feminino – 1 kg, 18 cm de diâmetro
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Avaliação do Polígrafo: Falso
4. Recorde do mundo de lançamento do disco é o mais antigo do atletismo feminino?
O recorde mundial do lançamento do disco é conhecido pela sua longevidade, já que foi estabelecido ainda no século passado. A 16 de julho de 1988, quando existiam ainda duas “alemanhas”, em Neubrandenburg (na então República Democrática Alemã), Gabriele Reinsch, atleta daquele país, arremessou o disco a 76,80 metros de distância, não superados até hoje.
Apesar dos seus 36 anos, esta não é a marca máxima mais antiga no atletismo feminino. Subsistem ainda cinco recordes fixados nos anos 80 mais antigos do que o do disco:
800 metros: 26 de julho de 1983
Estafeta 4 x 800 metros: 5 de agosto de 1984
400 metros: 6 de outubro de 1985
Lançamento do peso: 7 de junho de 1987
Salto em comprimento: 11 de junho de 1988
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Avaliação do Polígrafo: Falso