“Fake news”. Foi desta forma que o selecionador nacional de basquetebol sérvio Svetislav Pesic qualificou, há apenas dois meses, a notícia divulgada por um jornal sérvio segundo a qual a maior estrela do basquetebol do país, Nicola Jokic, marcaria presença nos Jogos Olímpicos de Paris
“Um jornalista publicou fake news no Twitter…”, lamentou o técnico, em reação à divulgação do tweet na rede social entretanto rebatizada de “X” por Elon Musk.
Nicola Jokic acabara de ser eliminado nas semi-finais da liga norte-americana de basquetebol e ainda não confirmara publicamente a sua intenção de participar na competição. O máximo que os jornalistas lhe conseguiram ouvir a esse respeito foi um vago “i need to think”, durante uma conferência de imprensa realizada após o fracasso dos Denver Nuggets. O tabu instalou-se, e com ele a tristeza de um país que tem no basquetebol (e em Jokic em particular) a sua maior obsessão desportiva – tristeza que se transformou instantaneamente em desespero depois das declarações de Pesic.
Ora, a verdade é que a notícia do abandono da seleção por parte do poste sérvio foi manifestamente exagerada. E a prova disso é que a sua estreia está marcada para a tarde de hoje, 28 de julho. Do outro lado do campo, estará a equipa de super-estrelas dos Estados Unidos, que, comandada por LeBron James, é a máxima aspirante à medalha de ouro.
A participação de Nicola Jokic nos Olímpicos marca o seu regresso às competições internacionais um ano depois de ter falhado o Campeonato do Mundo nas Filipinas, onde a Sérvia terminou em segundo lugar, depois de ter perdido na final contra a Alemanha por 83-77. A ausência do poste de 29 anos nesse torneio provocou indignação na Sérvia, com a estrela da NBA a ser rotulado de “traidor” e “anti-patriota” pela generalidade dos seus compatriotas. Hoje é o dia em que farão as pazes.
