O spread é a margem de lucro que o banco obtém ao emprestar dinheiro para a compra de casa. Para obter um spread mais baixo, o consumidor pode negociar com o banco. A descida do spread pode ser obtida através da contratação de outros produtos como, por exemplo, cartões de crédito.
Mas não basta obter uma descida do spread, é preciso ter em conta o peso que estes produtos vão representar no bolso do cliente. Desta forma, deverá calcular se os custos da contratação destes produtos compensam a descida do spread alcançada nas negociações com os bancos.
Outra forma de obter um spread mais baixo é através do pagamento de uma entrada inicial ao banco. Quanto mais elevada for esta entrada, melhor o cliente ficará posicionado para obter um spread mais baixo.
O cliente também poderá obter um spread mais baixo caso tenha um perfil de risco baixo. Isto é, se tiver um emprego estável, sem historial de incumprimento financeiro e com uma taxa de esforço baixa.
Tendo em conta o valor dos spreads, é possível concluir que esta é uma boa altura para comprar casa pois os mesmos estão agora em mínimos face aos valores registados durante a crise económica.
Actualmente o spread mínimo médio localiza-se em 1,30%, longe dos 3,52% que atingiu precisamente durante a crise em 2012. Contudo, os 1,30% continuam acima dos valores pré-crise, quando o spread mínimo médio atingiu os 0,57% no ano de 2007.
Apesar de não ser obrigatório ter conta no banco onde se contrai o crédito, a maioria dos bancos exige a abertura de conta pois a prestação mensal é precisamente paga através de conta aberta na respectiva instituição. Os bancos devem, no entanto, informar o cliente da obrigação de abertura de conta antes do contrato ser celebrado.
No caso da obrigatoriedade de um seguro de vida, o cliente pode escolher sem restrições a entidade onde realizar esta contratação.
O Banco de Portugal aconselha as instituições credoras a apresentar de forma clara todas as condições associadas à contratação do crédito, como comissões e despesas.